O que pensar de um bolsista que vai fazer pesquisa de doutorado na Alemanha? Beleza, é o que muitos queriam. Aí esse hipotético doutorando vai visitar Frankfurt. Era de se supor que ele fosse visitar a "Escola de Frankfurt". Mas... o evento em questão, em 1993, não foi nenhum congresso de filosofia e, sim, uma exposição de automóveis.
O lema da indústria de carros era então "Mobilidade é vida" - e aqui não vamos brincar com a paciência dos leitores do blog; não vamos passar de "vida" ao difícil conceito "mundo da vida". Não cabe forçar a barra tanto assim.
Em defesa do dito cujo - e do suado dinheiro do contribuinte, pois só o pessoal das ciência humanas se preocupa com isso - lá vai: não existe um prédio chamado Escola de Frankfurt. O prédio do Instituto de Pesquisa Social foi bombardeado na guerra e, depois, reconstruído. Sem aura, deveria ter dito Adorno.
Por fim, o argumento marxianamente correto: em uma feira de carros e de concept cars, predomina o desenvolvimento tecnológico, que alimenta as forças de produção e, daí, a luta de classes, etc. Por outro lado, a visita ao prédio por onde passaram famosos teóricos críticos seria uma típica recaída na fetichização.
Além disso, os carros eram muito bonitos e fazia um belo domingo de primavera às margens do Meno em agosto de 1993.
Isso é que é carro flex, hein?
ResponderExcluirCuidado, mes enfants!
"L'automobile c'est la guerre"
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCarro de borracha, ainda com IPI reduzido!...
ResponderExcluirJá o problema da mobilidade fumacenta é, segundo Felippe Laurent, o seguinte: "se todo mundo tiver carro, ninguém anda de carro".
22 de junho de 2010 13:07