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segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mobilität ist Leben (Mobilidade é Vida)


O que pensar de um bolsista que vai fazer pesquisa de doutorado na Alemanha? Beleza, é o que muitos queriam. Aí esse hipotético doutorando vai visitar Frankfurt. Era de se supor que ele fosse visitar a "Escola de Frankfurt". Mas... o evento em questão, em 1993, não foi nenhum congresso de filosofia e, sim, uma exposição de automóveis.

O lema da indústria de carros era então "Mobilidade é vida" - e aqui não vamos brincar com a paciência dos leitores do blog; não vamos passar de "vida" ao difícil conceito "mundo da vida". Não cabe forçar a barra tanto assim.

Em defesa do dito cujo - e do suado dinheiro do contribuinte, pois só o pessoal das ciência humanas se preocupa com isso - lá vai: não existe um prédio chamado Escola de Frankfurt. O prédio do Instituto de Pesquisa Social foi bombardeado na guerra e, depois, reconstruído. Sem aura, deveria ter dito Adorno.

Por fim, o argumento marxianamente correto: em uma feira de carros e de concept cars, predomina o desenvolvimento tecnológico, que alimenta as forças de produção e, daí, a luta de classes, etc. Por outro lado, a visita ao prédio por onde passaram famosos teóricos críticos seria uma típica recaída na fetichização.

Além disso, os carros eram muito bonitos e fazia um belo domingo de primavera às margens do Meno em agosto de 1993.

3 comentários:

  1. Isso é que é carro flex, hein?
    Cuidado, mes enfants!
    "L'automobile c'est la guerre"

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  2. Carro de borracha, ainda com IPI reduzido!...

    Já o problema da mobilidade fumacenta é, segundo Felippe Laurent, o seguinte: "se todo mundo tiver carro, ninguém anda de carro".

    22 de junho de 2010 13:07

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