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domingo, 28 de outubro de 2012

DIVULGAÇAO DE DOIS LIVROS

Dois livros que recebi como cortesia, recentemente. Dois exemplares de cada: um para mim, gentilmente autografados pelos colegas Jorge e Helder. Os outros vão para a biblioteca da Universidade Federal de Uberândia, como doaçao.

Estive em Teresina, no mês passado, para trabalhar na banca de mestrado que argüiu Joedson - escreveu sobre o novo republicanismo de Philipp Petit (em contraponto com as últimas idéias de Habermas). E me encarreguei de bom grado dessa divulgação, que aqui se inicia. Apresento o início de uma resenha ainda em construção, para o livro do Lubenow - que espero publicar pela nossa revista de Uberlândia, Educação e Filosofia. E sobre a coletânea apenas indico temas, por enquanto.





A CATEGORIA DE ESFERA PÚBLICA EM JÜRGEN HABERMAS:
PARA UMA RECONSTRUÇAO DA AUTOCRÍTICA

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LUBENOW, Jorge A. A categoria de esfera pública em Jürgen Habermas: para uma reconstrução da autocrítica. João Pessoa, Editora Manufatura, 2012. 158 p.



O autor, Jorge Lubenow, trabalha atualmente na Universidade Federal da Paraíba, onde o conheci em 1989, ocasião em que foi realizado lá um evento em homenagem aos 80 anos de Habermas. Estávamos juntos na comissão organizadora, ao lado de outros colegas. Ele é um dos representantes da nova e confiante geração de estudiosos da obra de Habermas e está a perfazer em pouco tempo uma bela carreira acadêmica. Este livro foi sua tese de doutorado, defendida na Unicamp em 2007, após período de pesquisa na Alemanha, sob orientação de dois importantes intelectuais nos dois países.

O livro é dedicado ao próprio Habermas, o que se justifica pela imperdível efeméride: em 2012, ano da publicação do livro aqui resenhado, completa 50 anos a tese de Habermas que foi o objeto de estudo de Lubenow: Mudança estrutural da esfera pública.

É um jovem filósofo brasileiro a retomar, de maneira cuidadosa e segura, a obra seminal daquele alemão, que cuidou de reconstruir a história (e um pouco da sociologia) da formação e da decadência da esfera pública (burguesa). Habermas tinha 32 anos quando defendeu em Marburg uma tese antes recusada em Frankfurt.

Lubenow acerta quando vê naquela tese de 1961 o núcleo insuperável de toda a obra teórica de Habermas; do tema esfera pública não iria se livrar mais. Em grande parte, desenvolveu outros quadros categoriais para sustentar essa ponte bem amarrada, cujo destino e apoio está na margem chamada “Direito e democracia”, conforme traduçao brasileira da obra mais substancial de Habermas, lançada ao aposentar-se. (...segue)

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Endereço para adquirir esse livro:
Gráfica e Editora Manufatura
Rua Adalgisa Luna Meneses
Bancários
João Pessoa PB
fone (83)88270209

 




CARVALHO, Helder Buenos Aires e CARVALHO, Maria C. M. de (orgs) Temas de ética e epistemologia. Teresina, EDUFPI, 2011



Pretendo escrever uma resenha deste livro também, talvez para publicar na revista eletrônica Poros, da Católica de Uberlândia. Não é fácil fazer resenha de coletânea, embora eu já tenha publicado algumas. Por coincidência, resenhei duas coletâneas organizadas por Maria Cecília M. de Carvalho (uma sobre Filosofia analítica no Brasil e outra sobre “novos paradigmas”) e... já realizei com o Prof. Helder Buenos Aires um feito raro na filosofia: um texto escrito em parceria, nós dois, sobre comunidade em McIntyre e em Thomas Kuhn.

O prefácio que apresenta a coletânea e fala da difícil tarefa de fazer filosofia no Brasil – o que se agrava no Piauí – lembra meu discursinho, há um mês, para agradecer o convite para aquela banca de mestrado. Eu disse então que já não precisava mais de pontuação para “progredir na carreira” do magistério superior, logo após bater a cabeça no teto, Professor Associado IV. Então, afirmei eu, por ser verdade e dar fé, que estava ali sob o sol de 41 graus e o mormaço na sombra, estava ali por amor à filosofia – e me desculpo pela redundância, pois na etimologia estrita isso daria “amor ao amor pela sabedoria”. E sabido era o então candidato ao título de mestre, pois Joedson já é professor concursado de um IFET, no interior do Piauí. Ele, nós e tantos outros na militância, por uma cultura filosófica - em lugares diversos e eventualmente adversos, lá e cá.

E eu disse que estava ali, para argüir o candidato e discutir filosofia com os colegas Lubenow e Helder, por amor à causa e por saber que os programas novos precisam se ajudar, também numa configuração transversal que una Uberlândia e Teresina – passando um pouco por cima da Bahia, com suas lavouras de soja a oeste. 

Os temas estão reunidos em duas partes, cada qual com seis artigos. Na primeira, sobre “ética e filosofia política”, temos artigos sobre o liberalismo de Rorty, a moral discursiva em Habermas, o cuidado de si, liberdade e negatividade em Sartre e Merleau-Ponty, estatuto moral e animais não-humanos, a justiça como virtude social em Platão.

A segunda parte, “Epistemologia e Filosofia da Linguagem”, traz contribuições sobre confiabilismo e metaincoerência (!), epistemologia social (pode ela ser aletista?), determinismo em Popper, um programa de investigação em Wittgenstein, Wittgenstein sobre a certeza, a verdade na arte (Gadamer).

Em uma versão mais extensa, que esperamos anunciar em breve, citaremos os autores, que incluem a “prata da casa” e ilustres visitantes e colaboradores. (Nesse caso, estou fora e nem sei, por enquanto, o que seja "aletista"... Já essa "metaincoerência" parece simpática e, quem sabe, contagiosa...Vamos ver.)

Incluo aqui o endereço da Editora da Universidade Federal do Piauí:

EDUFPI

Campus Ministro Petronio Portela

64049 – 550 Teresina PI

Fones (86) 3215 5688