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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

QUEM ANDA LENDO MINHA TESE SOBRE CRISE?


TROQUE SEIS POR UMA DÚZIA: COMPRE E LEIA MEU LIVRO SOBRE CRISE

Este blog foi retomado no primeiro semestre de 2012 por uma razão pertinente: a leitura de minha tese de doutorado no programa de pós-graduação em filosofia, da Universidade Federal de Uberlândia. Pareceu-nos esta uma boa oportunidade para retomar em consideração o tema crise e aquela tentativa de dar-lhe um tratamento filosófico e capaz de alguma atualização. A tese fora defendida em 2000, na UFMG, e publicada quatro anos depois, pela editora da PUCRS.

Depois do fim do semestre letivo, gostaríamos ainda de publicar algumas notas sobre a referida obra, mesmo que os alunos matriculados naquela disciplina não se sintam mais interessados na continuidade de uma conversa que, de fato, vai durar mais que os compromissos acadêmicos.

Basicamente, de acordo com o que notei durante a exposição e o eventual debate do livro, parece-nos oportuno fornecer referências de algumas obras publicadas depois do ano 2000 – ou desconhecidas por nós – que nos dão razão, bem como gostaríamos de qualificar e justificar as críticas feitas na obra às idéias de Habermas.

Habermas levou trinta anos para escrever um novo prefácio para sua tese, sobre esfera pública (1962) – e já estava na 17ª edição. Ao contrário dele, vamos nos antecipar – mesmo sem havermos esgotado nossa primeira edição. Além de outras diferenças incomensuráveis e sem querer correr parelha com nosso “objeto” de estudo, verdade é que podemos tirar proveito desse novo tipo de jornalismo, o blog.

Nesta data, exatos 12 anos após a tumultuada defesa da tese em Belo Horizonte, tomamos a liberdade de reproduzir aqui um elogio a nosso livro sobre teorias da crise, que vale por mil orelhas laudatórias que poderiam ter sido encomendadas por uma editora comercial. Não foi o caso; trata-se de uma espontânea avaliação de um querido e reconhecido filósofo brasileiro, que perfaz cada vez mais também o caminho sereno de um guru, acima das disputas acadêmicas e dos interesses editoriais.

Creio que o Professor Oswaldo Giacóia Jr. não se importaria de ver reproduzida aqui, neste blog, sua opinião sobre minha tese, da qual foi um ilustre argüidor. Em maio deste ano, durante um evento de filosofia da religião, organizado por um grupo de estudos da UnB, encontrei-me com ele, antes de sua conferência. Pedi licença ao grupo que se formara em torno dele, para cumprimentá-lo e, na verdade, cuidei de me apresentar, pois minha aparência poderia enganá-lo depois de doze anos e porque sei que muita gente o cerca com convites para novas bancas e conferências em todas suas aparições, sobretudo fora da Unicamp.

Logo atualizamos nossos respectivos arquivos de imagens e até nos lembramos um pouco depois de nosso encontro na Alemanha, em 1993, quando visitamos juntos, com as famílias, o Museu do Sal, em Lüneburg – onde também estivemos reunidos para um jantar na casa de C. Türcke.


Nossa conversa poderia ter sido mais breve ou desandar em banalidades turísticas, mas, de imediato, Giacóia dirigiu-se aos filósofos que o circundavam – inclusive meu prezado “sósia” e compadre José Crisóstomo – e perguntou-lhes se eles conheciam minha tese. Eu acrescentei que ela havia sido publicada. Ele informou, então, que estava lendo minha tese em um curso seu na Unicamp; havia adotado minha tese em sua bibliografia e voltara a ver nela importantes contribuições.

Eu, de bobeira e um pouco assustado com a inesperada cena, quis derrubar minha própria criação, ao tentar lembrar antes as circunstâncias atrapalhadas de minha ida a BH, mas Giacoia cortou rente minha tentação para o anedótico e voltou a dizer que estava se referindo ao conteúdo de minha tese e a nada mais. E voltou a citar questões e posicionamentos epistemológicos, que não cabem aqui, neste blog.


Promoção: vamos esgotar a primeira edição.
(Nas boas livrarias e nos sebos da hora)

Foi hora, então, para que eu mesmo dissesse algo relevante e em apoio ao valiosíssimo elogio do ilustre mestre. E referendei algo sobre minha pretensão de realizar uma abordagem grandiloqüente e caleidoscópica para a crise e as teorias críticas da crise. E nisso Giacoia também se lembrou de uma questão sobre minha abordagem “sinfônica” e talvez dodecafônica, com o risco de desafinar. O resultado foi harmônico, garante Giacóia.

Enfim, caros leitores do blog, foi isso que aconteceu: o Prof. Oswaldo Giacóia contou a um grupo de filósofos mais jovens que estava lendo minha tese em sua sala de aula na Unicamp. Se me estendi além da média de um post, foi para circunstanciar um pouco mais essa notícia, que trago sem constrangimento e sem esnobismo e que engrandece meu livro, na mesma medida em que eu fora prestigiado pela argüição de Giacóia – ao lado dos outros três docentes, a quem sou igualmente e para sempre grato, bem como a meu dedicado orientador Rodrigo Duarte.


Z!

Esta notícia é valiosa, pelo prestígio que pode conferir ao livro, doze anos depois. E talvez não seja apenas uma coincidência que eu mesmo tenha arranjado na mesma época um público qualificado para reler minha tese, os alunos da pós-graduação em filosofia, na UFU. É hora de falar de crise, nessa afinação filosófica.

Ou seja, o livro não vai custar mais caro por causa disso, mas é aos doze anos que uma garrafa de Scotch merece o “black label”. E creio que a editora da PUCRS também gostaria de esgotar sua tiragem da primeira edição. O autor tem interesse em divulgar sua obra e isso implica em anunciar e vender o livro Crítica e teorias da crise. Teremos inúmeras “edições” da velha crise. E talvez uma nova edição de meu livro, sem resolver crise específica alguma, ajude a compreender principalmente isso: crise e progresso vão continuar sua peleja dialética neste mundo sublunar. Não tem jeito: weitergehen, tipo Juanito Caminador.

BLACK LABEL EDITION
coming soon